Saturday, February 15, 2014

A mentira sagrada, Luís Miguel Rocha

A mentira sagrada, Luís Miguel Rocha

Quando o décimo sexto Papa Bento foi eleito, recebiu com a carga da Igreja um envelope do Papa João Paulo e uma capa de couro. Nesta estava guardado um segredo partilhado apenas por papas. Terá a ver com os pergaminhos do Mar Morto descobertos na verdade por um banqueiro israelita que se chamava Ben Isaac? Mas o Statu Quo, o acordo de 50 anos entre ele e a Santa Sé está agora em perigo.

Um padre, um arqueólogo e um teólogo são assassinados. Até parece que a Companhia de Jesus está involucrada. O inspector Gavache vai precisar da ajuda do Rafael, agente do Vaticano, para elucidar estes crimes.
Os teólogos da Igreja é que decidiram o que havia de intregar o livro sagrado e o que ficaria de fora. Há cinco Bíblias: a judaica, a hebraica, a católica, a protestante e a ortodoxa. As mais importantes são a judaica e a católica, a segunda porque tem o maior número de fiéis, a primeira por razões históricas. Todos se baseiam na Bíblia judaica. Como deve saber, os judeus e os católicos partilham alguns livros da Bíblia. São aqueles a que chamam de Antigo Testamento, mas os judeus nõ o reconhecem como Antigo porque não aceitam o Novo, pois para eles Jesus não é o Messias. São duas das três que compõem as chamadas religiões do Livro. A Bíblia judaica é composta por 24 livros. Era a que Jesus lia e citava regularmente. A católica tem 73, sete dos quais são considerados apócrifos pelos judeus. Não esqueçamos que o novo Testamento não consta na Bíblia judaica, nada de Actos dos Apóstolos, nem Evangelhos, nem Cartas, nem o Apocalipse. E, obviamente, é muito posterior a Jesus Cristo, portanto, Ele nunca o leu.
A mentira sagrada (Porto Editora, 2011, 406 páginas), escrito por , nascido no Porto em 1976.

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