No conto epónimo da República dos Corvos, um corvo taberneiro de nome Vicente, como o santo do brasão lisboeta, deambula nas ruas de Lisboa e encontra-se com uma galinheira que não parece saber nada de aves, ambos falam e a fronteira entre os animais e a gente desaparece, até que se vai embora com as asas cortadas.
Um juiz observa um bando de porcos-voadores no pôr do sol. Esta verdade nova não se pode contar assim aos amigos sem vergonha, assim que ele deixa de falar sobre isso, embora continue a vê-los de vez em quando.
Neste livro, José Cardoso Pires mostra-nos que os contos ficam sempre perto de nós e que a realidade pode ser mais do que parece ao primeiro olhar, com um bestiário quase fantástico detras do seu véu.
Um juiz observa um bando de porcos-voadores no pôr do sol. Esta verdade nova não se pode contar assim aos amigos sem vergonha, assim que ele deixa de falar sobre isso, embora continue a vê-los de vez em quando.
Neste livro, José Cardoso Pires mostra-nos que os contos ficam sempre perto de nós e que a realidade pode ser mais do que parece ao primeiro olhar, com um bestiário quase fantástico detras do seu véu.
O corvo é bicho de coragem, dizem os livros, e este, embora de asas cortadas por sacanice do tasqueiro com quem vive, defende a sua libertade por ser muito avisado e saltador. Em menos de nada atravessa uma rua, em menos de nada já está de poleiro, a olhar, tão depressa corre como salta, e neste momento aponta aos barracões da beira-Tejo que ao cair da tarde estão necessariamente sem ninguém. Sossego, é do que ele mais precisa e para isso vai no bom caminho.A República dos Corvos (publicações Dom Quixote, 1989, 218 páginas) contem os contos seguintes:
- A República dos Corvos
- Ascenção e Queda dos Porcos-Voadores
- As Baratas
- Lulu
- Os Passos Perdidos
- Dinossauro Excelentíssimo
- O Pássaro das Vozes
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