No seu romance A vida num sopro (2008, Gradiva, 611 páginas), José Rodrigues dos Santos nos conta as vidas do Luís e da Amélia, começando com o primeiro encontro deles no liceu de Bragança em 1929. Mas o amor que os liga não cabe nos planos da mãe dela que prefere separá-los e casá-la à força numa outra cidade, bem longe do Luís. Seguem os anos dissolutos da Escola Veterinária em Lisboa. Somos em 1934 e as ideias fascistas misturam-se com a ditadura. Luís está enviado para o serviço militar no quartel de Penafiel onde vai encontrar a Joana, uma mulher jovem que lhe lembra o seu amor perdido. Veremos depois a vida do Francisco, o irmão adotado da Amélia, alistado na Legião Estrangeira da Espanha para combater os comunistas durante a guerra civil espanhola, e o poder mais e mais importante da PVDE, a polícia política portuguesa.
José Rodrigues dos Santos nasceu em 1964 em Beira (Moçambique). Ele recebeu o Prémio Clube Literário do Porto em 2009.
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“Eu gostava de ti, tu gostavas de mim, o futuro era nosso, como poderíamos não ser inocentes?” Luís mordeu o lábio. “Mas tudo nos foi roubado.”História de amor com muitos reatamentos, A vida num sopro leva-nos na vida do dia a dia em Portugal rural do início da guerra.
“Não somos nós quem manda o nosso destino, pois não?”
O amante abanou a cabeça com tristeza.
“Pelos vistos, não. Não passamos de marionetas das circunstâncias.”
José Rodrigues dos Santos nasceu em 1964 em Beira (Moçambique). Ele recebeu o Prémio Clube Literário do Porto em 2009.
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