Branta bernicla, Pascal Guillet

Aujourd'hui, on est lundi, à Londres comme ailleurs. Simon, trader spécialiste du pétrole (et plus spécifiquement du brent, d'après le nom d'une oie sauvage, la Branca bernicla ou Brent goose en anglais) comme d'autres le sont du blé, nous raconte sa vie de tous les jours, ou plutôt sa vacuité, sans état d'âme et sans illusion ni faux-semblant. C'est que la langue de bois n'a pas sa place dans ce journal intime écrit à la première personne.

A República dos Corvos, José Cardoso Pires

No conto epónimo da República dos Corvos, um corvo taberneiro de nome Vicente, como o santo do brasão lisboeta, deambula nas ruas de Lisboa e encontra-se com uma galinheira que não parece saber nada de aves, ambos falam e a fronteira entre os animais e a gente desaparece, até que se vai embora com as asas cortadas.

The end of Mr. Y, Scarlett Thomas

The end of Mr. Y is a supposedly cursed book written by Thomas E. Lumas, an obscure nineteenth century British writer. Ariel Manto, who meagerly lives on a monthly column in a magazine and is working on her PhD about thought experiments, unexpectedly finds a copy of it in a second-hand bookshop.

The eponymous book within the book tells the story of Mr. Y who can enter the head of someone else by drinking a mysterious mixture of which he reveals the recipe, passing through a strange space he calls the Troposphere.

Les Travaux du Royaume, Yuri Herrera

Lobo voit le sang des personnes qu'il croise, il y lit leur caractère et leur grandeur, leur misère et leurs aspirations. Il écoute les histoires qui se colportent et en fait des chansons. Car Lobo est un troubadour qui s'investit dans les histoires qu'il chante. Dans une taverne, il croise le chemin du Roi, et sa vie bascule. Il devient alors l'Artiste et entre au Palais où il compose pour les courtisans et toutes celles et ceux qui s'y pressent.

A vida num sopro, José Rodrigues dos Santos

No seu romance A vida num sopro (2008, Gradiva, 611 páginas), José Rodrigues dos Santos nos conta as vidas do Luís e da Amélia, começando com o primeiro encontro deles no liceu de Bragança em 1929. Mas o amor que os liga não cabe nos planos da mãe dela que prefere separá-los e casá-la à força numa outra cidade, bem longe do Luís. Seguem os anos dissolutos da Escola Veterinária em Lisboa. Somos em 1934 e as ideias fascistas misturam-se com a ditadura. Luís está enviado para o serviço militar no quartel de Penafiel onde vai encontrar a Joana, uma mulher jovem que lhe lembra o seu amor perdido. Veremos depois a vida do Francisco, o irmão adotado da Amélia, alistado na Legião Estrangeira da Espanha para combater os comunistas durante a guerra civil espanhola, e o poder mais e mais importante da PVDE, a polícia política portuguesa.